quinta-feira, 24 de maio de 2012

Um dia no subúrbio

Informações do texto:Ficção
Descrição:Não tem nenhuma
Autor(a):Eu mesma,no caso Vitória(ou Luigi mas isso não vem ao caso)
Censura:Não tem também
Gênero:Não definido
Título:Um dia no subúrbio
Porque eu estou fazendo isso?Para encher seu saco é obvio

    Se eu pudesse caminharia o dia todo,caminharia,caminharia e caminharia,sem rumo algum apenas caminharia,sem pressa,um passo atrás do outro e assim iria levar a vida mas não é bem assim né?Sorte devem ter os músicos anônimos que tocam em metros sem preocupação alguma,apenas tocam e tocam,o problema a é que eles geralmente esperam uma gorjeta que nunca vem e quando vem é curta...Ah que falta de educação a minha nem me apresentei e já fui falando,meu nome é Charlie,eu trabalho numa empresa qualquer ai,e você deve estar achando que eu sou louco,depois dessa minha "confissão",não que isso esteja fora de questão,mas acho que querem saber oque me fez pensar nisso...Vou ter que contar meu dia de hoje desde o inicio,oque não é pouco não,mas lá vai...Bom hoje de manhã acordei atrasado,e obviamente perdi o metrô que eu pego,todos os dias as 7:00 horas,enfim tive que tomar uma rápida xícara de café,me vestir e correr para a estação chegando la ouvi um som envolvente,era uma música suavemente aguda,produzida por uma gaita,daquelas bem simples que você compra no centro da cidade...Ah devo interromper e dizer que estava muito frio então o zumbido do vento me acompanhava durante todo o trajeto,esse é um detalhe importante,mas continuando,quem tocava essa simples gaita era provavelmente alguém pobre e sem moradia esperando conseguir algum dinheiro,a música era comovente,mas só eu percebia o que se passava ali,parece que só eu ouvia,havia perdido completamente a pressa para pegar o metrô,enquanto todos corriam de um lado para o outro dentro da estação ali num canto qualquer estava o homem à tocar sua gaita,sem parar por nenhum segundo,seu chapéu velho e roído pelo tempo estava ao chão com a parte de baixo para cima,nenhuma gorjeta,eu apreciava a melodia de longe,mas ela me envolveu de tal forma que me aproximei para ouvir melhor e no fim daquela música que me parecia composição própria do pobre homem,retirei uma nota de dez reais do bolso e coloquei dentro do chapéu, o homem parou de tocar por um instante e dirigindo o olhar para mim disse:Que Deus o abençoe,o senhor é um homem muito bom nos tempos em que vivemos é difícil alguém reparar num pobre homem maltrapilho feito eu.Disse tudo pausadamente feito um educado lorde,repararam no que eu acabei de falar?Vou repetir,eu disse:"Disse tudo isso pausadamente feito um educado lorde",entenderam a profundidade da situação?Eu vou explicar já repararam que quanto mais grana uma pessoa tem mais arrogância ela tem também?Pois é o cara tava todo maltrapilho com as roupas rasgadas e sujas no frio ele tinha como dele apenas a sua gaita e sua existência invisível e mesmo assim era tão educado quanto um lorde,eu disse que tava frio né?Pois é enquanto tinha gente reclamando de frio,o homem que o nome não sei,vou apelida-lo de Lorde da estação,estava com roupas fias e rasgadas,ressaltando que eram finas muito finas,por gasto do tempo,estava simplesmente tocando gaita no metrô,ele fazia isso com um sorriso no rosto,porque era livre,e sendo livre não tinha pressa,e como eu disse havia esquecido-me completamente da minha pressa,porém o Lorde da estação disse "O das 8 já vai sair é melhor correr,adeus" e eu por pouco não perdi o metrô...Fiquei com isso na cabeça o dia todo,espero que nos dias que se sucedam eu o encontre de novo e de novo assim me lembrarei que a melhor qualidade de um homem é a modéstia.

Nota do autor(a):Perdoem-me pelo devaneio,e espero que gostem se alguém souber se isso tem gênero definido me diga,caso alguém leia tudo,aliás caso alguém leia ao menos o título.

Agora eu vou embora e volto outro dia,quem sabe...


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