Os faróis acesos nos carros rasgam o tênue véu da noite.
São tantas luzes, que chegam a desnortear-me...
Ao norte, ao sul, de noite, de dia é tudo barulho,
Silêncio é delírio.
Cansaço descontente e sossego armado, na paz de teu berço,
Dorme sossegado o filho do homem.
Na cama, aninhado, agoniza o menino que já é homem.
Na oração ele suplica, que a cinta pare...
Na reza ele pede que Deus exista,
E que o sofrimento seja ilusão.